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Projeção Astral. Parte lX.

Atualizado: 9 de mai.

A inanidade.

Nem cheiro, som ou tato: em uma das minhas projeções que mais me estimulou, ou seja, o meu objetivo final, decidi ir até o apartamento onde minha ex-mulher morava quando ainda estávamos juntos, usando a técnica que havia dominado. Eu não fui até o apartamento onde ela atualmente reside, mas sim ao que ela morava conosco. Não sei explicar o motivo, mas quando dei por mim, já estava lá. Entrei no imóvel pela janela do terceiro andar, e ele estava completamente vazio com o aspecto de uma mudança recente. A única diferença era o perfume e os sons. Quando eu ia lá pessoalmente, o perfume era muito marcante, com cheiro de banho feminino recente, e havia também o som dos ônibus passando pela avenida. Mas nada disso era sentido na minha projeção - apenas um completo silêncio, visão bidimensional ou tridimensional, sem som, cheiro ou toque.

Outra característica que notei foi a estática dos objetos. Tudo estava parado, e eu não podia mover nada. Havia uma foto no chão com a exposição virada para baixo, e fiquei muito curioso para ver a imagem. Tentei pegá-la e virá-la, mas assim que mentalizei a ação, minha consciência imediatamente retornou ao meu corpo. Devido a essa deficiência, tentei uma experiência posterior. Pedi à minha filha para colocar dois números em dois pedaços de papel e deixá-los em seu quarto, um virado para cima, expondo o número, e outro virado para baixo. Com a minha projeção, consegui acertar no dia seguinte apenas o número que estava virado para cima, mas não consegui ver ou mexer no que estava virado para baixo.

Essa minha experiência me fez crer que na projeção não há sons, cheiro ou tato, pois, para projetar, anulei o aparelho auditivo, o olfativo e a sensação tátil. Outra constatação desfavorável é que só consegui ir, ver ou projetar lugares que já conhecia pessoalmente ou já tinha visto em revistas, livros, cinema, TV, etc. Até hoje, em minhas projeções, não consegui ir a lugares totalmente desconhecidos, nem viajar no tempo, nem ao passado nem ao futuro. Não posso afirmar que essas deficiências acontecem com todos."




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