Projeção Astral. Parte ll
Atualizado: 9 de mai.
A busca.
Com o passar do tempo, a sensação de desespero foi diminuindo e, ao mesmo tempo em que continuava com minhas corridas intermitentes e, segundo alguns, um tanto malucas, comecei a buscar em livros e em canais de mídia tudo o que pudesse ajudar na minha autoajuda: neurociência, física quântica, o poder do subconsciente, a força da atração mental, projeção astral, terceiro olho através da glândula pineal, de acordo com as tradições esotéricas, força dos astros ou metafísica, cartomancia através da leitura das cartas, bruxaria ou feitiçaria com seus manuais, magia negra através do manejo de forças sobrenaturais com ajuda do livro de São Cipriano de Antioquia e a oração da Capa Preta, trabalhos de quimbanda através de suas entidades, como Exu e Pomba Gira. Todas essas práticas, com seus mistérios e benefícios, ajudavam a distrair a mente e a aliviar as tensões. Eu buscava tudo o que pudesse influenciar positivamente o reatamento daquele relacionamento sem a necessidade de uma interação normal, pois tanto o orgulho quanto o conhecimento da pessoa me levavam a acreditar que, apesar de ainda afirmar que me amava, ela era do tipo extremamente racional, onde a razão está bem acima do amor, e valorizava muito mais a segurança do que os sentimentalismos. Por isso, esse meu propósito foi essencial para que eu não desistisse facilmente dos esforços empreendidos na busca por poderes extra sensoriais ou paranormais, como alguns definem. Entre tantos praticados e todos com sua eficácia, se levados à exaustão, acabei, por comodismo, me dedicando mais à técnica da projeção astral."
