Guardiões do Santíssimo Graal. Terceira evidência.
Minha ex-esposa, que é a mãe da minha primeira filha, estava em estado terminal e já havia sido desenganada pelos médicos. Decidi ir visitá-la para apoiar minha filha e tentar confortar a convalescente. Levei comigo uma caixa de pedras, não com a intenção de realizar uma cura milagrosa - seria muita imodéstia de minha parte - mas para ajudar a criar um ambiente mais acolhedor e menos fúnebre.
Quando entrei no quarto com a caixa, algo mágico aconteceu. Minha ex-esposa acordou imediatamente e o ambiente se tornou mais sereno e agradável. Foi como se o objeto trouxesse uma energia positiva ao redor. Isso me lembrou da sensação de serenidade que senti quando meu avô faleceu. A aparência doente da minha ex-esposa transformou-se em uma aparência salutar. Ela levantou-se da cama, foi em direção à caixa como se estivesse em um estado de louvor, fez o sinal da cruz e se ajoelhou. Depois, se levantou, foi até a filha e disse: "Não chore, filha. É a vontade de Deus e ele está aqui. Veja, filha, ele veio me buscar. A morte não é o fim, é só uma passagem, e um dia estaremos todos juntos novamente". Então, voltou para a cama e partiu para a eternidade em paz e serenidade.
A calma e a certeza que minha ex-esposa demonstrou em relação à morte são impressionantes. Ela não era uma pessoa muito religiosa, e, algumas horas antes, estava angustiada com a possibilidade de morrer. Repentinamente, ela encontrou a aceitação e a paz. Isso não pode ser apenas um acaso. Pelo poder da oração, os enfermos à beira da morte conseguem ter a visão do sagrado, e eu creio que essa seja uma escolha pessoal - ir para a eternidade ou buscar a cura.
