Poeira estelar. O resgate.
Atualizado: 28 de mar. de 2022
Passei a semana descansando em minha residência na capital, mantendo contato diariamente com o meu ajudante para saber de notícias do interior, para saber se tá tudo em ordem e também sobre as fofocas, ele me falou que os homens dos helicópteros tiveram no sitio, que ainda não encontraram nem a nave nem o chupa-cabras, que o prefeito iria construir uma estátua de chupa-cabras na cidade, que a cidade estava bastante movimentada com os turistas e os comerciantes faturando alto com o turismo. Retornando a minha rotina, agora bem menos tensa e intensa, viajei para o interior e lá chegando fui para sítio, dei um presente ao meu ajudante, uma botina nova que ele tanto queria e mais um alimento no salaria, retornei para cidade, fui na venda saber as novidades e o assunto era a tal estatua do chupa-cabras com alguns a favor e outros contra, e a semana foi assim sem muito tranquila, reformei a casa do sitio e construí uma piscina e também repovoei a lagoa dos peixes mortos como havia planejado, corria tudo sem muitas novidades e com a casa reformada e aconchegante eu passei dormia mais no sitio.
Numa dessas noite depois de jantar e como sempre fazia fui para o alpendre apreciar a noite as estrelas, e o barulho da bichara, comecei a recordar daquela noite e dos dias que se seguiram, a noite estava calma e estrelada, os cachorros deitados ao meu lado, o gato na cadeia todos pareciam tranquilos e a apreciar a noite comigo, de repente noto no céu bem distante três luzinhas parecidas com a que já tinha visto e que já me eram familiares, essas luzes foram aumentando de tamanho e intensidade, e aumentando, os cachorros e o gato entraram para dentro de casa e o outros animais do sítio ficaram agitados, o vento começou a soprar mais forte e um clarão foi ficando mais intenso a minha frente, ai eu pode avistar com mais clareza aquele objeto, tinha a forma triangular, sua estrutura parecia ser metálica num preto opaco,, tinha na parte mais cumprida uns quinze metros e na mais larga uns dez, em baixo um círculo de onde saia uma luz na cor azul, as vezes verde e também laranja, tinha uma pequena protuberância em cima onde apareciam pequenas janelas, era bastante silencioso e só causava uma ventania em círculo a medida que ele se aproximava do chão, ficou pairando no ar a mais ou menos quatro metro de altura, eu a essa altura já não tinha mais medo, só curiosidade, de repente abre-se uma escotilha com uma espécie de rampa, deu-se uma pausa, e depois começa a aparecer algo se mexendo dentro do veículo, o seu interior ia do verde ao lilás, começa aparecer um clarão semelhante ao objeto caído do espaço e ai percebo que havia um braço fino, marrom alaranjado e cumprido segurava o objeto na palma da mão, o corpo não vi, só o braço, ele estende o braço como que quisesse me mostrar ou oferecer, estava em dúvida, observei bem e percebi se tratar do mesmo objeto que havia negociado com o milionária, demora alguns instantes e recolhei novamente para dentro da nave, dá-se uma pausa e em seguida estende o braço novamente para fora só que agora a mão, de apenas três dedos, estava vazia, como que uma comunicação através de uma mensagem telepática eu entendi o que significava daquele gesto, entrei em casa, peguei o bloco de cerâmica que guardava em casa levei-o para fora cheguei um pouco mais próximo da nave e coloquei no chão, o braço apareceu novamente, apontou para o bloco e o bloco se partiu em pedação e minha pequena estrela cadente levitou no ar em direção da nave e foi parar naquela mão, o braço se encolheu para o interior da veículo, a escotilha se fechou e como num passe de mágica numa velocidade surpreendente aquela nave partiu em vertical ao espaço infinito.
Fiquei o restante da noite imaginando, será que foi um jogo, será que foi alguma brincadeira de algum ser de outro planeta, volta a olhar para cima a procura das três luzinhas sem mais avista-las apenas duas pequenas estrelas cadentes surgiram depois que a nave decolou, são elas, as minhas pequenas estrelas cadentes que vieram se despedir.
