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Desmistificando a Associação Entre Causas Sociais e Comunismo: Um Olhar Além das Polarizações.

Hoje gostaria de abordar um assunto que tem sido frequentemente debatido, especialmente em tempos de polarização política: a associação entre defesa de causas sociais justas e comunismo. É importante destacar que essa narrativa tem sido utilizada por extremistas e até mesmo por pessoas que desconhecem o verdadeiro significado do comunismo. Além disso, devemos considerar a viabilidade de sua implantação nos dias atuais, levando em conta que países que se declaravam comunistas estão, gradualmente, abrindo suas fronteiras para uma economia de mercado cada vez mais próxima do capitalismo.

Muitas vezes, aqueles que se autodenominam de direita confundem um estado de exceção ou ditatorial com o comunismo. Essa confusão surge da falta de entendimento e discernimento em relação aos diferentes regimes políticos. É importante lembrar que o comunismo, em sua essência, busca uma sociedade igualitária, na qual os meios de produção são coletivizados e a propriedade privada é abolida. No entanto, a realidade histórica tem mostrado que muitos países que adotaram o comunismo acabaram estabelecendo regimes autoritários, que distorcem os ideais originais.

Um aspecto relevante é o uso da perseguição religiosa como uma arma de dissuasão por parte desses extremistas, especialmente nas correntes new pentecostais. Nesses casos, a doutrinação torna-se mais fácil, pois muitos fiéis, muitas vezes humildes e marginalizados pela sociedade dominante, buscam respostas e consolo em suas crenças. A manipulação dessas pessoas vulneráveis é uma estratégia lamentável e inaceitável.

Devemos lembrar que defender causas sociais justas não significa necessariamente ser comunista. A luta por igualdade, justiça social e direitos humanos transcende qualquer ideologia específica. É possível, e até necessário, buscar uma sociedade mais equitativa, onde todos tenham acesso a oportunidades e sejam tratados com dignidade, sem adotar necessariamente um sistema comunista.

Além disso, é importante reconhecer que muitos países comunistas estão se abrindo cada vez mais para a economia de mercado, adotando medidas que se aproximam do capitalismo. Essa transição mostra que o mundo está em constante evolução, e as ideias políticas também se adaptam às demandas e necessidades da sociedade.

Para combater o discurso distorcido e os estigmas associados à defesa de causas sociais justas, é essencial promover o diálogo, a educação política e o acesso a informações precisas. É através do conhecimento e da compreensão mútua que podemos superar as polarizações e construir uma sociedade mais justa e inclusiva.

Portanto, não se deixe levar pela generalização e pelos estereótipos. Lembre-se de que a defesa de causas sociais justas não é uma exclusividade do comunismo, e o engajamento político não deve ser baseado em manipulações e preconceitos. Ao invés disso, busquemos o entendimento, o respeito e a busca por um discursão política em alto nível.



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