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Aposentadoria e a morte lenta.

Atualizado: 11 de mai.

Caros amigos e amigas, depois de vinte e oito anos de coleguismo em uma mesma empresa e agora já aposentado, percebo o quão foi e é dignificante, gratificante e prazerosa a rotina do ambiente de trabalho e o quanto sinto falta do contato diário com meus colegas. Sim, colegas são tão diferentes de amigos. Os colegas estão lá, em contato diário, às vezes prazeroso e às vezes beligerante, enquanto que as amizades depois da profissão se tornam mais dispersas e menos rotineiras. Muitas vezes o colega e o amigo se fundem em um só e geram uma camaradagem ainda maior.

Sonhos trabalhando se tornam uma constante, até parece que o subconsciente sente falta da rotina, dos colegas, do fim do expediente, das confraternizações, do último expediente do ano, do café da manhã na empresa, do rápido intervalo de almoço e dos clientes, que também se tornam colegas pela constância. Ah, e aquelas rodadas de chopps, geralmente às sextas-feiras, até mesmo daqueles momentos considerados mais enfadonhos: reuniões improdutivas e intermináveis, cobranças e metas abusivas, as filas intermináveis.

A aposentadoria pode ser vista como um decesso lento, mas pode também ser uma nova fase na vida repleta de oportunidades e desafios. O importante é encará-la com positividade e planejamento, aquelas piadas sem graça, dos almoços ruins do refeitório da empresa, tudo isso faz falta quando se aposenta.

No entanto, é importante lembrar que a aposentadoria não significa o fim das relações com os colegas de trabalho. É possível manter contato com os antigos colegas e amigos, seja por meio de encontros informais, eventos de ex-funcionários ou redes sociais.

Conforme o tempo passa, percebe-se o quanto a aposentadoria poderia ter sido postergada, e que a experiência adquirida ao longo desses anos poderia ter feito ser mais produtivo. Ainda não descobri como reverter esse sentimento de anulação, por mais prazerosas que sejam as atividades pós-aposentadoria, como a maior convivência com a família, viagens, cinemas, shopping, rotinas domésticas e redes sociais, que não preenchem o vazio que a laboração me faz.

A aposentadoria pode ser vista como um desafio emocional, financeiro e social. É um momento de reflexão sobre a vida e os objetivos alcançados, mas também sobre o futuro e as possibilidades que se apresentam.

No entanto, a aposentadoria é um processo natural na vida de qualquer trabalhador, mas muitas vezes pode ser um desafio difícil de enfrentar. Afinal, é um momento de transição que marca o fim de uma fase e o início de outra.

Tudo isso hoje parece distante e inalcançável, e a angústia aumenta quando se retorna ao antigo local de trabalho e se percebe que as coisas não são mais como eram antes. Os olhares dos antigos colegas não são mais os mesmos, parecem distantes, os novatos enxergam você apenas como um cliente, você não faz mais parte do grupo. E então bate a tristeza, saudade e nostalgia. O mais melancólico é quando se percebe que poderia ter contribuído mais e melhor, ter sido mais atencioso e se resignado mais com as demandas dos clientes.

Para alguns, a aposentadoria pode ser um momento de liberdade e de aproveitar o tempo livre para se dedicar a hobbies, viajar e passar mais tempo com a família e os amigos. Para outros, pode ser um momento de solidão e de perda de identidade, especialmente para aqueles que tinham uma forte identificação com o trabalho.

No entanto, é importante lembrar que a aposentadoria não significa o fim da vida produtiva ou social. Existem muitas opções disponíveis para continuar a aprender, a se engajar em atividades sociais e a contribuir para a sociedade. A aposentadoria pode ser uma oportunidade para explorar novos interesses e habilidades, e para se reinventar.

Por isso, é importante planejar a aposentadoria com antecedência, tanto do ponto de vista financeiro quanto emocional. É necessário pensar sobre como manter um estilo de vida adequado, como se envolver em atividades que proporcionem prazer e satisfação, e como manter conexões sociais significativas.

Além disso, a aposentadoria pode ser um momento para se dedicar a atividades que antes não era possível, como viajar mais, aprender uma nova língua ou instrumento musical, se envolver em atividades voluntárias, entre outras possibilidades.

A vida é feita de ciclos, e a aposentadoria é apenas mais um deles. É importante encará-la como uma nova oportunidade, uma nova fase para se dedicar a projetos pessoais e para aproveitar a vida de uma forma diferente.

Em resumo, a aposentadoria pode ser um processo desafiador, especialmente para aqueles que tinham uma forte identificação com o trabalho e com os colegas. No entanto, é possível encará-la com positividade e planejamento, e aproveitar a vida de uma forma diferente e enriquecedora. Afinal, a vida é feita de ciclos, e cada um deles traz consigo novas possibilidades e aprendizados, poderia ter aproveitado melhor as oportunidades, ter se dedicado mais a projetos pessoais e profissionais, ter se relacionado melhor com os colegas, entre outras possibilidades.

No entanto, é importante lembrar que o passado não pode ser mudado, mas o presente e o futuro sim. A aposentadoria pode ser um momento para refletir sobre o que foi feito e pensar em como aproveitar melhor o tempo que ainda resta. É possível buscar novas atividades, novos relacionamentos, novos projetos, e assim encontrar novos sentidos e propósitos na vida.

Além disso, é importante lembrar que a aposentadoria não é o fim da vida produtiva ou social. Existem muitas oportunidades para continuar contribuindo para a sociedade, seja por meio de atividades voluntárias, empreendedorismo social, mentorias, entre outras possibilidades.

Em resumo, a aposentadoria pode trazer sentimentos de tristeza, saudade e nostalgia.


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